O estado está prestes a ser reconhecido como área livre da aftosa sem vacinação. Cerca de 1,5 mil pessoas ocuparam as galerias do Plenário, corredores e salas de reuniões da Casa para debater o tema.
O Palácio Iguaçu espera que o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reconheça oficialmente o Paraná como área livre ainda no mês de setembro. As discussões em Brasília estão na fase final.
A nova condição sanitária do setor no Paraná abre espaço para novos acordos comerciais. Depois de receber a chancela do Mapa, o estado buscará o mesmo reconhecimento junto à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal).
O cronograma estabelecido prevê que isso aconteça até maio de 2021, o que anteciparia em dois anos o planejamento do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa (PNEFA).
ECONOMIA E LUCRO
Entidades que representam o setor apontam que a concessão do status de área livre da aftosa sem vacinação possa gerar uma economia de cerca de R$ 30 milhões com gastos na vacinação. Além disso, a chancela concedida pela OIE possibilitará ao Paraná o ampliar o comércio mundial de carnes, acessando mercados que têm restrições ao rebanho vacinado.
Por fim, outro benefício seria a separação do Paraná do bloco formado por 25 estados também considerados como área livre da febre aftosa com vacinação. A medida visa proteger o estado de medidas prejudiciais caso focos da doença apareçam em outras localidades.
ÁREA LIVRE DA AFTOSA SEM VACINAÇÃO
De acordo com a Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento), a última campanha de vacinação contra a febre aftosa aconteceu em maio. A próxima está marcada para novembro, mas pode ser cancelada caso o selo de área livre da doença seja concedido ao Paraná.
A pasta defende que novo status de área livre da aftosa sem vacinação permitirá ao Paraná praticamente dobrar as exportações de carne suína. Atualmente o estado manda para outros países 107 mil toneladas por ano, mas pode alcançar até 200 mil toneladas caso avance 2% do mercado potencial.
Países como Japão, México e Coreia do Sul, que lideram as importações de carne suína, pagam mais por produtos que tenham procedência sanitária.
Alep
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