“Ela tem o direito de interromper esta gestação e não sofrer pressão religiosa do Estado”, diz a antropóloga Débora Diniz em crítica a atuação de Damares Alves no caso
Professora da Universidade de Brasília (UnB), a antropóloga Debora Diniz criticou duramente a ministra Damares Alvez, da Mulher, Família e Direitos Humanos, que falou em “ajudar” a menina de 10 anos que foi estuprada e está grávida do próprio tio, sem citar, no entanto, que trata-se de um caso de aborto previsto em lei.
“Menina de 10 anos é violentada desde os 6. Está grávida de um estupro. Ministra Damares quer oferecer “ajuda”. Há pressa aqui. Pressa em cuidar de uma frágil menina vítima de tortura. Ela tem o direito de interromper esta gestação e não sofrer pressão religiosa do Estado”, afirmou Débora Diniz.
Esse triste acontecimento aconteceu em São Mateus, no Espírito Santo.
Não é fácil notar sinais físicos de um abuso sexual, mas é possível que a criança tenha alterações no seu comportamento, como: irritação, ansiedade, dores de cabeça, alterações gastrointestinais frequentes, rebeldia, raiva, introspecção ou depressão, problemas escolares, pesadelos constantes, xixi na cama e presença de comportamentos regressivos (por exemplo, voltar a chupar o dedo). Outro sinal de alerta é quando a criança passa a falar abertamente sobre sexo, de forma não-natural para a sua idade, física e mental.
Se você notar algum desses sinais, tome cuidado com a sua reação, porque ela pode fazer com que a criança se sinta ainda mais culpada. O importante é apoiar a criança, escutar o que ela tem a dizer e não duvidar da sua palavra. Busque ajuda e orientação profissional para que o seu filho consiga falar sobre o ocorrido e lidar com o fato.
FONTE: REVISTA FÓRUM