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Benefícios fazem produtores apostarem no trigo mourisco como cultura de rotação no Paraná


A plantação de trigo mourisco é uma aposta de produtores paranaenses em 2022. O baixo custo de produção e o ciclo curto entre plantio e colheita é um dos motivos para a escolha do produto como cultura de rotação.

Conforme agricultores, além da vantagem financeira, a planta também traz benefícios ao solo

“O trigo mourisco tem um investimento muito baixo e aliado a um risco muito baixo também.Trata-se de uma cultura que precisa de baixíssima adubação, poucas chuvas, não necessita de solos ricos. Com o pouco que produzir, vai trazer um bom retorno”, disse o engenheiro agrônomo Yuri De Carli.
Trigo mourisco é utilizado como cultura de rotação em parte das plantações no Paraná — Foto: Reprodução/RPC

Trigo mourisco é utilizado como cultura de rotação em parte das plantações no Paraná — Foto: Reprodução/RPC

O ciclo do trigo mourisco dura cerca de 75 dias, o que permite a implantação de três safras em uma mesma área. No Paraná, parte dos produtores utiliza o produto como rotação entre os períodos de plantio de milho e soja.

A planta também tem bom desenvolvimento em solos pobres, pois absorve fósforo e potássio com mais facilidade.

Plantação de trigo mourisco no Paraná — Foto: RPC/Reprodução

Plantação de trigo mourisco no Paraná — Foto: RPC/Reprodução

No noroeste do Paraná, toda a produção de trigo mourisco é exportada para o Japão. No país asiático, o produto está presente em macarrões, pães e bolos.

Conforme Yuri, o trigo mourisco é utilizado em larga escala no Japão porque é nutritivo e não tem glúten. No Brasil, apesar de ser menos consumido, o produto tem potencial de crescimento, segundo o engenheiro.

Produção de trigo mourisco no Paraná — Foto: RPC/Reprodução

Produção de trigo mourisco no Paraná — Foto: RPC/Reprodução

Apesar do nome, o trigo mourisco não tem relação com o trigo tradicional. O grão recebe este nome porque também é transformado em farinha, mas faz parte da família das poligonáceas, que são plantas com flores.

Gelson Strappazzon, produtor do sudoeste do estado, plantou o produto pela primeira vez em 2022. Ele contou que conheceu o trigo mourisco na plantação de um amigo, no ano passado, e resolveu experimentar em sua propriedade.

Segundo ele, metade da produção deve ser perdida por causa de chuvas excessivas na região, mas o balanço ainda é positivo.

“Por a terra estar coberta, a quantidade de fósforo que ele vai deixar, vai produzir sem custo. A produção já está vendida, com preço fixado, então vai ter algum retorno mesmo assim”, disse Gelson.

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Fonte: G1


29/05/2022 – Rota do Sol FM

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