A empresa responsável pela obra pintou a sinalização de preto, cobrindo a pintura vermelha e branca, a pedido do município, que informou, nesta quinta-feira (14), que o local deve receber uma ciclovia com calçada.

De acordo com a prefeitura, neste trecho a via se estreita “não possibilitando a continuação da ciclofaixa” nas dimensões corretas, na região do balneário de Guapê. Veja explicações sobre o projeto original, mais abaixo.

Antes de ser coberto com tinta preta, em cerca de 300 metros da faixa, o espaço para as bicicletas ia se estreitando, chegando a somente 40 centímetros de largura.

Os moradores reclamaram que a faixa possuía 57 centímetros de espaço, se considerada a faixa branca. Assista ao vídeo abaixo.

A ciclofaixa é uma das modalidades de via para bicicletas considerada mais simples de ser construída porque usa a estrutura viária já existente, com aplicação somente de uma pintura vermelha.

• Ciclofaixa estreita gera reclamações de moradores, em Pontal do Paraná

Após a pintura em cima da ciclofaixa, moradores reivindicaram a pintura de um novo espaço para circulação de ciclistas, com a dimensão correta, no local.

A Prefeitura de Pontal do Paraná informou que o problema na antiga faixa foi um erro da empreiteira que fez a execução da obra, e reforçou que a segunda etapa prevê a construção de calçadas com o espaço para bicicletas, onde a pista não tem a largura suficiente.

A sinalização horizontal para ciclofaixa foi contratada no valor de R$ 254.800,13 e, segundo a prefeitura, o valor não foi pago para a empresa porque a execução do projeto ainda está em andamento e sujeita a adaptações.

O manual de sinalização de trânsito do Contran contém uma recomendação de largura mínima para a ciclofaixa: recomenda-se para, quando há sentido único, a largura mínima de 1,50 metro, e para a de sentido duplo, a largura de 2,50 metros.

O município informou que a obra do trecho que recebeu críticas dos moradores faz parte de um Plano de Mobilidade que está em fase de conclusão. São 11 quilômetros de extensão das obras, segundo a prefeitura, com início em Praia de Leste até o Balneário Guapê, onde houve o problema.

A obra está em andamento, conforme a administração municipal, que informou que foram feitos 5,5 quilômetros, sendo 3,7 deles entre o Balneário Praia de Leste e o Balneário Guarapari, e 1,8 quilômetro do Balneário Shangri-lá ao Guapê.

Conforme nota enviada pela prefeitura, o município trabalha no estudo florestal da área que compreende o Balneário Guapê ao Balneário Barrancos: “Esse estudo é importante para darmos início no licenciamento ambiental para podermos ligar nossa orla de ponta a ponta”.

O município informou ainda que, além da ciclofaixa, trabalha com “ciclorrotas ecológicas”, na comunidade do Guaraguaçu com cerca de 10 quilômetros, onde existe a possibilidade de o ciclista conhecer o sítio arqueológico sambaquis do Guaraguaçu e outro trecho, do Balneário Shangri-lá a Pontal do Sul, com 7 quilômetros.

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