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Conselho de Ética da Câmara de Curitiba aprova prosseguimento de processo contra Renato Freitas por quebra de decoro | Paraná


A decisão, aprovada entre sete membros, foi tomada após análise da defesa prévia do parlamentar, protocolada em 17 de março. No documento, Freitas refutava todas as acusações, incluindo a invasão. O parlamentar pediu, também, o arquivamento do caso. Relembre abaixo.

  • Vereador Renato Freitas nega ter invadido igreja e pede arquivamento de processo por quebra de decoro

O relator do processo foi o vereador Sidnei Toaldo (Patriota), que segundo o conselho, não faz analise do mérito do caso, mas sim se houve infração ético-disciplinar praticada pelo vereador. Ele permanecerá como relator. A vice-relatora é a vereadora Maria Letícia (PV).

Segundo a câmara, o processo entra, a partir deste voto, em instrução processual, momento em que depoimentos de testemunhas serão colhidos. Segundo o conselho, Freitas poderá apresentar, também, um documento de defesa definitivo.

Após as fases protocolares, haverá novo debate e votação, inicialmente no Conselho de Ética, e na sequência, em plenário, a depender da decisão do relator pela absolvição, pena mais branda ou cassação.

Ao g1, o advogado Guilherme de Salles Gonçalves, que defende Freitas, disse que o prosseguimento do caso “era esperado”. Afirmou, também, que eles aguardarão a fase de instrução do procedimento.

De acordo o presidente do Conselho de Ética, vereador Dalton Borba (PDT), em 28 de março, a partir das 16h, as testemunhas indicadas pelo vereador começarão a ser ouvidas.

No despacho do conselho, ficou definido que Freitas poderá apresentar 10 testemunhas. No pedido inicial, o vereador tinha indicado 41 nomes. O colegiado alegou, entretanto, que o pedido feria o regimento interno da Casa de Leis.

A defesa de Freitas também tinha solicitado documentos de outros processos contra vereadores que tramitaram no Conselho de Ética, mas o voto do relator definiu que este material deverá ser solicitado, via requerimento, para a Procuradoria Jurídica.

Sobre os dois indeferimentos, a defesa de Freitas disse que estuda se recorrerá das decisões.

O procedimento contra Renato Freitas foi instaurado na CMC a partir de cinco representações que alegam, principalmente, quebra de decoro.

As queixas foram apresentadas pelos vereadores Eder Borges (PSD); Pier Petruzziello (PTB); Pastor Marciano Alves e Osias Moraes, ambos do partido Republicanos; e pelos advogados Lincoln Machado Domingues, Matheus Miranda Guérios e Rodrigo Jacob Cavagnari.

O que dizia a defesa prévia

O documento protocolado pelo parlamentar, em 17 de março, pediu o arquivamento do processo, alegando que o mesmo é “insubsistente, totalmente descabido e verdadeiramente temerário”.

Grupo que pedia justiça pela morte de Moïse entrou em igreja durante manifestação, em Curitiba — Foto: Reprodução

Grupo que pedia justiça pela morte de Moïse entrou em igreja durante manifestação, em Curitiba — Foto: Reprodução

A defesa prévia do vereador foi dividida em três pontos principais, de acordo com as acusações feitas contra o parlamentar.

Principais alegações nas queixas contra Renato:

  • Perturbação da prática de culto religioso
  • Entrada não autorizada dos manifestantes
  • Realização de ato político no interior da Igreja do Rosário

No documento, o advogado Guilherme de Salles Gonçalves diz que Renato não liderou a manifestação e tampouco praticou “qualquer conduta incompatível com o exercício da sua função”.

A defesa de Renato Freitas negou, também, que o vereador tenha perturbado e interrompido a missa na Igreja do Rosário, o que as representações entenderam se caracterizar como crime de violação de prática religiosa.

Grupo que pedia justiça pela morte de Moïse entra em igreja durante manifestação

Grupo que pedia justiça pela morte de Moïse entra em igreja durante manifestação

Na época, a Arquidiocese de Curitiba registrou Boletim de Ocorrência contra Renato Freitas. Segundo a Polícia Civil, o caso permanece sendo investigando.

As representações protocoladas contra o parlamentar também o acusam de ato político dentro da igreja, uma vez que ele discursou dentro do local.

Sobre isso, a defesa disse que a “acusação não merece prosperar”, porque “não há nada que indique que tenha praticado qualquer pronunciamento ou conduta que desvirtuasse a finalidade da manifestação”.

A invasão da Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos aconteceu no dia 5 de fevereiro, durante protestos de repúdio ao assassinato do congolês Moïse Kabagambe. O vereador integrava a ação.

O padre Luiz Hass disse que celebrava uma missa no local e que precisou interromper o culto diante da entrada dos manifestantes no templo.

No dia 9 de fevereiro, Renato Freitas falou sobre o assunto durante sessão ordinária na câmara e pediu desculpas pela atitude. Assista abaixo.

Vereador pede perdão por invasão em igreja durante protesto, em Curitiba

Vereador pede perdão por invasão em igreja durante protesto, em Curitiba

“Algumas pessoas se sentiram profundamente ofendidas, e para essas pessoas eu sinceramente e profundamente peço perdão. Desculpa. Não foi, de fato, a intenção de magoar ou de algum modo ofender o credo de ninguém. Até porque eu mesmo, como todos sabem, sou cristão”, disse.

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Fonte: G1


21/03/2022 – Rota do Sol FM

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