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A designer de serviços curitibana Rafaella de Bona Gonçalves, de 25 anos, está entre três finalistas da primeira edição de um prêmio internacional de jovens inventores.
O Young Inventors Prize é uma iniciativa do European Patent Office (EPO), escritório europeu de patentes, que reconhece talentos com menos de 30 anos e que desenvolveram soluções para enfrentar problemas globais.
Rafaella criou um projeto com absorventes e tampões para ajudar pessoas que menstruam e se encontram em situação de rua. Os absorventes são biodegradáveis, à base de fibras vegetais como forro de bambu, espuma de soja e fibra de banana.
“Estou muito feliz por poder ganhar essa visibilidade mundial com meu projeto e, se eu for uma das ganhadoras, ainda consigo investir mais no meu produto para que mais pessoas sejam impactadas por ele”, disse a paranaense.
Em 2019, a iniciativa dela foi o único projeto brasileiro que recebeu o prêmio alemão “iF Design Talent Award”.
À época, a designer era aluna do 3º ano de design de produto da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em paralelo, decidiu fazer um curso de especialização em design voltado para soluções de impacto para o futuro.
Designer curitibana Rafaella de Bona criou um projeto com absorventes e tampões para ajudar pessoas em situação de rua — Foto: Divulgação
O “Maria – absorvente íntimo” foi o trabalho de conclusão do curso, apresentado em julho daquele ano. O objetivo, segundo ela, era pensar em projetos para acabar com a pobreza menstrual.
O produto, desenvolvido em quatro meses pela estudante, é um absorvente que se adapta às condições das pessoas em situação de rua. Rafaella o define como “prático, higiênico e universal”.
Os vencedores do prêmio jovens inventores serão anunciados no dia 21 de junho.
Designer curitibana Rafaella de Bona Gonçalves é finalista do prêmio internacional Young Inventors Prize — Foto: Reprodução/RPC
A curitibana conta que o “Maria – absorvente íntimo” foi inicialmente desenvolvido para que houvesse a distribuição gratuita a quem precisa, com a ação de governos locais, mas isso não foi possível.
Diante do impasse, ela se inspirou em modelos de empresas sociais e decidiu que o projeto passaria para uma proposta de “compre um, doe um”, em que os consumidores adquirem um produto “premium” com um preço que permite doar outro para quem não pode pagar.
Rafaella conta que, atualmente, os absorventes são feitos manualmente e o projeto ainda não tem condições de produzir em larga escala para ir ao mercado. É necessário investimento em maquinários para aprimorar a produção.
A designer conta que espera conseguir financiamento para bancar o maquinário, aumentar a produção e, assim, reduzir os custos.
Projeto da designer Rafaella de Bonna desenvolve tampões e absorventes biodegradáveis para pessoas em situação de rua — Foto: Divulgação