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Os cuidados com a saúde mental devem começar na infância e dentro de casa. A prevenção é de extrema importância em todos os aspectos da vida e com a saúde mental não é diferente, conforme especialistas. Assista a relatos de crianças e famílias sobre experiências com a terapia no vídeo acima.
Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) acompanhou 7 mil crianças e adolescentes, em 2020, e indicou que uma a cada quatro crianças e adolescentes sofre de depressão e ansiedade.
De acordo com psicólogos, a criança precisa ter um espaço para o diálogo em casa para se sentir segura. A prevenção está nos pequenos detalhes, e um dos fatores mais importantes é a observação dos pais.
Juliana Scroccaro e Murilo Scroccaro tem dois filhos. Eles perceberam que após o nascimento do segundo, o Vicente, a filha mais velha, Luísa, demonstrou ciúmes e um regresso no desenvolvimento.
“A gente ficou um pouco perdido, procuramos educador parental, psicopedagogo, procuramos também uma psicóloga”, explica a mãe.
A saída foi envolver a Luísa nas atividades e na rotina do bebê, como trocar fralda e aspectos da alimentação. Desta forma, a primogênita se sentiu valorizada e importante naquele momento.
Para a mãe, trabalhar na criança desde cedo as habilidades emocionais é bom para que ela se expresse e que no futuro consiga evitar doenças psicológicas.
Além do olhar atento dos pais, uma alimentação saudável, momentos de brincadeira e o sono da criança são fatores muito importantes que podem influenciar na saúde mental dos pequenos. A psicóloga Tatiane Navega comenta que o sono é importantíssimo para o desenvolvimento infantil.
“Crianças que começam a ter algumas questões e sequelas emocionais começam a ter muitos pesadelos, até mesmo o próprio terror noturno, que é quando a criança grita durante a noite, ficando desesperada e sentindo a necessidade de ir para cama dos pais se sentir protegida” diz a psicóloga.
Tatiane ainda fala que é preciso ficar de olho nas crianças que choram demais e que param de brincar repentinamente.
“Esses sinais na infância são de suma importância para que a gente perceba e consiga agir.”
Juliana Panazzolo Ramos tem duas filhas – a Gabriela e o Giovana – e está atenta à saúde mental desde que elas eram pequenas, com poucos meses de vida.
“A gente procurou o tratamento para as meninas como prevenção. A melhor coisa que eu acho é a prevenção, não deixar seu filho chegar ao ponto que você tenha que tirar ele de uma situação ruim” comenta.
A psicopedagoga Carolina Bof explica que é importante ter um tempo de qualidade com os filhos. Jogar algum jogo, assistir a um filme, ficar junto, fazer um programa de sair para andar, são momento importantes para os pequenos.
“Quando me dedico a sentar e fazer algo, então eu estou neste momento integralmente. O telefone fica em segundo plano. É nesse momento que eles trazem angústias, que eles se sentem de fato acolhidos” completa Carolina.
Para a psicóloga Aline Niemeyer, é essencial cuidar da saúde mental das crianças, para que não deixe passar algum trauma, que possa piorar na adolescência e na fase adulta, criando compulsões ou casos mais graves.