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Diretores da rede estadual passam a receber bônus no salário; pagamento depende da frequência escolar


Neste mês de maio diretores e diretores-auxiliares de escolas estaduais passaram a receber um bônus no salário. O dinheiro extra depende da frequência dos alunos nas salas de aula.

O bônus é pago a diretores e diretores-auxiliares de escolas com pelo menos 150 estudantes matriculados. Se encaixam nesse critério quase 2.700 servidores.

O valor da gratificação depende do número de alunos matriculados em cada escola e também da frequência dos estudantes. De acordo com a Secretaria de Educação do Paraná, os principais objetivos do bônus são reduzir o número de faltas e o índice de evasão escolar.

Pagamento de bônus depende da frequência escolar — Foto: Hedeson Alves/Governo do Paraná

Pagamento de bônus depende da frequência escolar — Foto: Hedeson Alves/Governo do Paraná

Para os diretores, o bônus pode variar de R$ 108 a R$ 2.430 reais, dependendo do número de alunos e da média de frequência. Foram estabelecidas três faixas de frequência:

  • no mínimo 85%
  • maior ou igual a 90%
  • superior ou igual a 95%.

O secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, afirma que a frequência escolas é o indicador mais importante, até mais do que as provas.

“Não tem como medir performance de professor individualizada, é muito difícil. Alguns países tentam e é um fracasso. Quanto que o aluno aprendeu exatamente? Foi mérito do professor de História? Mérito do professor de Matemática? É muito difícil. Então, a gente deu o aumento para todos os professores e o diretor, sim, você consegue medir a performance da escola. Então por isso que o bônus foi para o diretor”, explica.

No Colégio Estadual Professor Guido Arzua, em Curitiba, a média de frequência dos alunos está em 89% – percentual médio de toda a rede estadual de ensino.

Para diretora da instituição, Vanda Tora dos Santos, alguns incentivos ajudam a diminuir o número de faltas. “Nós estamos com dois laboratórios com aqueles netbooks, eles têm no mínimo duas aulas de laboratório por semana”, afirma.

Vanda é diretora há dez anos. Ela acha o bônus uma iniciativa válida, mas afirma que o foco principal é sempre o aluno.

O sindicato que representa os professores disse que a gratificação não contribui para acabar com a evasão. Segundo a APP sindicato, o combate à evasão não é uma responsabilidade só da direção, mas do conjunto da comunidade escolar.

Renato Casagrande é especialista em educação e avalia como positivo o incentivo para que os alunos assistam as aulas, mas faz algumas ressalvas.

“É um sinal também preocupante porque nós precisamos ter que remunerar o diretor por algo que já é esperado do trabalho dele. Não pode ser algo perene, eterno, porque de certa maneira nós estaremos colocando a falta dos alunos num balcão de negócios”, pondera.

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Fonte: G1


09/05/2022 – Rota do Sol FM

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