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DJ Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos, tocava em cima do trio, quando fios de telefonia bateram no caminhão e a derrubaram. Quatro pessoas foram indiciadas por homicídio doloso; defesa afirma que vai se manifestar no processo. Quatro pessoas são indiciadas por morte de DJ na Parada da Diversidade em Curitiba
A empresa responsável pelo trio elétrico contratado para a Parada da Diversidade em novembro, em Curitiba, mentiu a altura do veículo para conseguir uma Autorização Especial de Trânsito (AET) para trafegar no local do evento, segundo a delegada Camila Cecconello.
Na ocasião a DJ Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos, tocava em cima do trio, quando fios de telefonia bateram no caminhão e ocasionaram a queda dela. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu na ambulância a caminho do hospital.
“O trio elétrico do caso chegou a requerer uma AET para trafegar na data do evento. Porém, eles informaram ao Departamento de Estrada e Rodagem (DER) que o caminhão possui uma altura de 4,95 metros. Ou seja, informaram de forma errada a altura real do caminhão. Como eles informaram essa altura, foi emitida essa AET, mas com base em dados falsos”, afirmou Cecconello.
Conforme a delegada, as investigações questionaram o DER se a licença seria liberada caso a empresa tivesse informado a altura correta do trio elétrico, de 5,40 metros.
Porém, segundo a delegada, o DER respondeu que o documento teria sido negado, porque o veículo possui altura superior à permitida pela legislação.
DJ Laurize Oliveira morreu após cair de trio elétrico
Reprodução/Instagram
Quem são os indiciados
A polícia considerou que os indiciados agiram em desacordo com as normas e assumiram o risco de matar. Por conta disso, respondem por homicídio doloso a proprietária da empresa responsável pelo trio elétrico, dois funcionários e o motorista do veículo.
Eles são: Fernanda Estela Monteiro, Luis Alexandre Barbosa, Sidnei José Dos Santos e Makaiver Sabadin de Lara.
O advogado dos indiciados afirmaram em nota que estão tomando ciência do relatório policial e que, oportunamente, se manifestarão nos autos do inquérito.
Conforme a delegada Camila Cecconello, os dois colaboradores indiciados contrataram auxiliares para erguer os cabos que iriam passar pelo caminhão.
Ainda segundo Cecconello, os contratados não tiveram treinamento para o trabalho e não contavam com equipamentos de segurança.
Sobre o motorista, a polícia considerou que ele assumiu o risco de causar lesões a terceiros no momento em que aceitou conduzir um veículo com altura e dimensões superiores às permitidas, com pessoas em cima e passando sob fiações.
“Ele alegou que, devido ao tamanho do trio e por não ter visão nos retrovisores, não era possível visualizar o que estava acontecendo na parte traseira. Além disso, estava dirigindo com o tacógrafo vencido, o que impediu a averiguação da velocidade”, afirmou a delegada Cecconello.
Quem era a DJ Laurize Oliveira, que morreu após cair de trio elétrico
Investigação
A delegada afirmou que, na ocasião, assim que a fiação aproximou da área que a vítima estava, o caminhão continuou fazendo a curva e um dos rapazes não teve força para levantar os cabos, atingindo a estrutura do trio e ocasionando a queda da vítima.
Um homem também caiu do trio e teve ferimentos leves.
Conforme a polícia, 26 testemunhas foram ouvidas durante as investigações. Imagens de câmeras de segurança da região foram analisadas.
O inquérito da Polícia Civil foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MP-PR), que pode ou não oferecer denúncia contra os envolvidos.
Trio elétrico estava na Rua Lysimaco Ferreira da Costa quando vítima caiu
Giuliano Gomes/PR Press
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Fonte: G1