NOTÍCIAS


Ex-policial civil acusada de matar copeira em Curitiba é condenada a 14 anos e três meses de prisão


Kátia recebeu pena de 14 anos e três meses de prisão, inicialmente, em regime fechado. A defesa dela disse que a ex-policial poderá aguardar resultado de recurso em liberdade, por se tratar de uma decisão em primeira instância.

O crime foi registrado em dezembro de 2016. A copeira morreu após ser baleada na cabeça durante uma confraternização do trabalho dela, em um prédio que fica aos fundos de um lava a jato.

De acordo com a denúncia, Kátia se irritou com o barulho da festa e atirou no estabelecimento vizinho. Em junho do ano passado, a policial foi exonerada do cargo.

  • Copeira sonhava ver filho tornar-se policial e estava prestes a construir casa
  • Justiça determina pensão a família de copeira morta por policial

Na sentença estabelecida na quinta-feira (26), o juiz afirmou que a pena foi agravada porque, à época do crime, Kátia era policial civil e, pela função, deveria ter noção da letalidade de uma arma de fogo.

A defesa da ré disse que, logo após a decisão do júri, entrou com recurso e pediu que a sentença seja modificada pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) com a retirada das qualificadoras do crime de homicídio.

Rosaira foi morta na confraternização da empresa em que trabalhava — Foto: Arquivo pessoal

Rosaira foi morta na confraternização da empresa em que trabalhava — Foto: Arquivo pessoal

A ré foi condenada pelo Tribunal do Júri, na quinta-feira. No início da tarde, logo no começo do julgamento, os jurados foram levados ao local do crime e também à casa da ré.

O juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar considerou que, desta forma, o júri poderá “ter uma compreensão mais integral” de como o caso aconteceu.

“A fim de que os jurados possam ter uma compreensão mais integral acerca da dinâmica do ocorrido, defiro o pedido formulado pela defesa referente à inspeção no local dos fatos e consigno que referida diligência abrangerá tanto a residência da acusada Kátia das Graças Belo quanto o estabelecimento comercial onde ocorreu o delito”, escreveu o juiz.

No início da tarde desta quinta (26), os jurados foram levados ao local do crime e também à casa da ré — Foto: Giuliano Gomes/PR Press

No início da tarde desta quinta (26), os jurados foram levados ao local do crime e também à casa da ré — Foto: Giuliano Gomes/PR Press

Depois da visita aos locais, foram ouvidas 10 testemunhas e três informantes. Entre as pessoas que ouvidas nesta quinta-feira, estavam o viúvo e o filho da copeira, que falaram como informantes.

A data deste julgamento foi marcada no mês de abril, pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da capital.

A copeira Rosaira Miranda da Silva estava em um restaurante no Centro Cívico, onde ocorria uma confraternização da empresa em que trabalhava, em 23 de dezembro, quando foi atingida por um tiro na cabeça.

Caso aconteceu em 23 de dezembro de 2016, no Centro Cívico, em Curitiba — Foto: Reprodução/RPC

Caso aconteceu em 23 de dezembro de 2016, no Centro Cívico, em Curitiba — Foto: Reprodução/RPC

Imagens de câmeras de segurança mostram a policial civil Kátia das Graças Belo em frente ao local do crime, com o namorado, que apedreja o restaurante onde estava a vítima.

Segundo a investigação da polícia, isso ocorreu momentos antes do crime. Assista ao vídeo abaixo.

Vídeo mostra policial acusada da morte de copeira momentos antes do crime

Vídeo mostra policial acusada da morte de copeira momentos antes do crime

Em janeiro de 2017, a investigadora afirmou que se tratou de uma fatalidade e que não acreditava que o tiro havia saído da arma dela. Ela disse que atirou para o chão.

Dois meses depois, um laudo da Polícia Científica apontou que um estojo de pistola encontrado na investigação saiu da arma da policial. O laudo não indicou se a bala que atingiu a vítima saiu da arma da investigadora.

  • Policial que matou copeira atirava quando se aborrecia, dizem vizinhos

A decisão que determinou que Kátia fosse julgada por homicídio duplamente qualificado foi estabelecida por colegiado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em junho de 2021.

Anteriormente, em julho de 2017, a Justiça havia decidido que a então policial iria a júri por homicídio simples, com pena que varia de 6 a 20 anos de prisão.

Após recurso, o ministro do STJ Ribeiro Dantas definiu que a ré responderia por homicídio triplamente qualificado, com pena base de 12 anos. Os ministros da 5ª Turma decidiram pelas qualificadoras de motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.

Depois, o próprio ministro reconsiderou a decisão, deixando apenas a qualificadora de motivo fútil. A defesa da família da vítima recorreu, e o caso foi julgado pelo colegiado.

Assista aos vídeos mais acessados do g1 PR



Fonte: G1


27/05/2022 – Rota do Sol FM

SEGUE A @ROTADOSOLFM

(45) 3287-1475

rotadosolfm@hotmail.com
Boa Vista da Aparecida – PR
Rua Celmo Miranda, 802 – Alto da Colina

NO AR:
ROTA NOTÍCIAS