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Em de maio de 2018, Jean Goulart Camargo, de 26 anos, e Eliede Santos Oliveira, de 42 anos, estavam parados diante do sinal vermelho na Avenida Dez de Dezembro. O carro que vinha atrás não parou e, com a batida, os dois morreram na hora.
“Ele era muito próximo de mim. Ele ficava comigo, me fazia companhia. Eu já tenho depressão faz tempo e toda vida ele me ajudou. Ele cuidava de mim, me ajudava muito. A saudade que eu tenho dele, parece que ele está viajando, não parece que está morto. Que seja feita a justiça, o meu filho eu vou encontrar lá no céu”, disse a mãe de Jean, Suzete Goulart.
O laudo do instituto de criminalística apontou que o carro estava a 82 km/h, em um trecho em que a velocidade máxima era de 60 km/h. As vítimas foram arremessadas a 39 metros de distância.
“Quatro anos de saudade, de tristeza e esperando a Justiça. Era meu parceiro, era tudo. Ele era o apoio, hoje eu não tenho mais esse apoio”, disse a esposa de Eliede, Andreia Machado da Silva.
Jean e Eliede foram atingidos pelo carro enquanto aguardavam o sinal em uma moto, em Londrina — Foto: Arquivo pessoal
A defesa da acusada, Daiane Cristina Freire, chegou a recorrer ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para que ela não fosse a júri popular, mas a decisão foi mantida pelo órgão.
Ela será julgada por homicídio qualificado com dolo eventual, porque assumiu o risco de matar.
Um exame de embriaguez apontou que na noite da batida a condutora tinha ingerido uma quantidade de bebida alcoólica quase 13 vezes maior que o limite tolerado.
O g1 aguarda retorno da defesa de Daiane.
A Justiça determinou ainda que, seguindo protocolos de segurança, não será permitida entrada de espectadores na sessão de julgamento, mas a publicidade do ato será garantida através de transmissão ao vivo pela internet.