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O youtuber Bruno Aiub, mais conhecido como Monark, disse em uma rede social que aceita o convite para conhecer Museu do Holocausto de Curitiba, “claro, seria um prazer”, diz a mensagem.
O aceite foi após uma internauta afirmar que todos deveriam conhecer o local e sugeriu que ele aceitasse o convite para conhecer o local.
O museu fez o convite após ele, que era apresentador do podcast Flow, ser demitido por defender no programa a existência de um partido nazista, o que é proibido por lei.
O caso ganhou repercussão e foi criticado por entidades judaicas.
Na sequência de mensagens, Moanrk diz que está sofrendo um “linchamento desumano” e que nunca fez apologia ao Nazismo.
O museu respondeu a mensagem dele dizendo “não, Monark. ‘Linchamento desumano’ é o que fizeram com Moïse Kabagambe. Você errou, por isso reiteramos nosso convite! De coração aberto! Venha nos visitar, sem alarde, e ver as consequências do inimigo “se revelar”.
Monark não se manifestou na rede social sobre a resposta do museu.
Museu do Holocausto diz que “linchamento desumano” sofreu Moise Kabagambe em resposta a Monark — Foto: Reprodução Twitter
No convite feito pelo museu no dia 8 de fevereiro, a mensagem relembrou que, em 2020, o influenciador já havia afirmado que conversaria “sem problemas” com Adolf Hitler, líder do regime nazista que matou centenas de milhares de pessoas.
A instituição afirmou que o convite é respeitoso e que seria um prazer receber o youtuber. Além disso, o Museu do Holocausto disse que Monark poderia aprender que o nazismo cresceu por ter ideias de supremacia, que resultaram no Holocausto.
“Aqui, @monark, você certamente verá que o indivíduo e suas liberdades, direitos e deveres não existem fora da sociedade. Portanto, a liberdade individual se limita quando se choca com a liberdade do Outro. É por isso que estamos sempre em alerta!”, escreveu.
Museu do Holocausto fez convite em rede social — Foto: Reprodução/Twitter
O Museu do Holocausto de Curitiba foi inaugurado em 2012. O acervo narra os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, por meio de histórias de sobreviventes que possuem alguma ligação com o Brasil e, em especial, com o Paraná.
Com relatos e objetos, o espaço apresenta fatos da luta contra a intolerância e o ódio. O objetivo, segundo o museu, é buscar a promoção da discussão sobre o preconceito e a violência, ao longo dos séculos XX e XXI.
Criado por Monark e por Igor Coelho (Igor 3K), o Flow é um dos podcasts com maior audiência do Brasil e tem 3,6 milhões de inscritos só no YouTube. O podcast já perdeu patrocinadores, e em 2021 Monark foi muito criticado após ter questionado no Twitter se “ter opinião racista é crime”.
Na segunda-feira (7), Monark disse: “A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”.
Além da forte repercussão nas redes sociais, organizações judaicas, como a Confederação Israelita do Brasil e Federação Israelita de São Paulo, repudiaram os comentários.
Após a fala nazista, Monark foi desligado do podcast e também vai deixar de ser sócio das empresas produtoras, de acordo com a assessoria de imprensa.
Ele publicou um vídeo em uma rede social pedindo desculpas pela fala e afirmou que estava bêbado.