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O missionário ucraniano, Vitaliy Arshulik, mora há quatro anos em Prudentópolis, na região central do Paraná. O município reúne a maior comunidade ucraniana no Brasil e 75% dos moradores são descendentes de ucranianos.
Com a eclosão da Guerra na Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24), Vitaliy conta que vários amigos já estão no front e que, agora, o único irmão dele foi convocado.
“Coração está partido de dor que eu tenho dentro [sic]. Nós já choramos muito aqui. Não podemos fazer nada aqui dessa distância que temos. Ninguém esperava que ia chegar a esse ponto”, desabafa o missionário.
O irmão dele, Mikhailov, um engenheiro de 34 anos, mora com a esposa e os filhos na cidade ucraniana de Lutsk, no oeste do país, perto da fronteira com Belarus. Ele serve em uma unidade militar cuja missão é impedir o avanço de tropas russas.
Nesta sexta-feira (25), em chamada de vídeo com o irmão que está no Brasil, Mikhailov fazia patrulha na região.
Os irmãos se encontraram pela última vez há seis meses, quando Vitaliy foi à Ucrânia. Hoje, o missionário fala que, cada vez que conversa com o irmão, sabe que pode ser a última.
Moradores de Prudentópolis fazem ato em apoio à Ucrânia
Nas escolas de Prudentópolis, a Guerra da Ucrânia vira tema de estudo. Alunos do ensino fundamental, vários deles também descendentes de ucranianos, tentam entender um conflito tão doloroso.
Marilda Machado da Silva é diretora de uma das escolas da cidade e argumenta que a escola não se resume a quatro paredes. “A história das crianças, a história deles é muito importante, eles precisam crescer cidadãos que participam da vida do mundo, não só na sua cidade”, afirma.