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A concessionária Arteris, responsável por trechos da BR-376 e BR-116 na região de Curitiba, registrou no feriado da Páscoa alta de 57% no número de casos da chamada “pane seca”, quando o carro para de funcionar por falta de combustível, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Nos quatro dias do feriado prolongado, a empresa atendeu 55 casos, contra 35 registrados em 2021.
Só no trecho da BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, foram 42 atendimentos – uma média de dez veículos parados por dia devido à falta de combustível.
Por contrato, a concessionária é a responsável por retirar o veiculo parado na pista ou no acostamento e levar até um ponto de apoio mais próximo, normalmente um posto de combustíveis.
Na quinta-feira (21), um caminhão teve pane seca na descida da serra e parou sobre a sinalização na pista que indica o início da área de escape. Um guincho retirou o veículo meia hora após a parada.
Sem combustível, caminhão foi parar na área de escape — Foto: RPC Curitiba
Neste sábado (23), a RPC acompanhou na central outro atendimento. Um carro ficou parado no km 660 da BR- 376, na pista sentido Curitiba, também por combustível. Mais de uma hora depois, o veículo foi retirado pelo guincho.
Neste sábado (23), mais um caso de pane seca — Foto: RPC Curitiba
Ficar sem combustível gera risco de acidente por causa da parada repentina do veículo e é uma infração média prevista no Código de Trânsito Brasileiro, com multa de R$ 130 reais e quatro pontos na carteira
A especialista em trânsito Eliane Pietsak explica que, além da multa, o motorista também pode ter prejuízos com o veículo.
“Quando for colocado mais combustível, o que que vai acontecer: esse combustível, esse material decantado ele vai acabar entrando em circulação novamente e isso pode danificar filtro, pode trazer uma série de problemas que a pessoa não vai gostar e não vai ser barato para resolver”, alerta.
Ela ainda alerta para o fato de que o acostamento deve ser usado apenas para emergências que, segundo ela, não é o caso da pane seca.