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O Paraná tem 3.434 moradores com a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), segundo a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho (Sejuf).
O documento é gratuito e pode ser solicitado pela internet. Veja, abaixo, o passo a passo para solicitar a carteira.
De acordo com a secretaria, o diferencial do documento é que ele é integrado com o RG do portador, relacionando os dados com o Instituto de Identificação e possibilitando a assinatura digital do requerente pelo sistema.
A Carteira do Autista ainda colabora com ações interdisciplinares das demais secretarias do Paraná.
Na área da Saúde, por exemplo, utiliza as informações para a elaboração de políticas públicas e planejamento de ações específicas voltadas às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
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Conforme o governo do paraná, além disso, com o documento, esses moradores passam a ter prioridade no atendimento em serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.
No caso dos serviços particulares, a prioridade inclui supermercados, bancos, farmácias, bares, restaurantes e lojas em geral.
O chefe do Departamento da Política para Pessoa com Deficiência da Sejuf, Felipe Braga Côrtes, informou que essa é uma demanda antiga de vários municípios e, com a provação da Lei Romeo Mion e a sanção do governo federal, o Paraná se destacou.
De acordo com o Côrtes, a carteirinha garante inclusão e facilidade de impressão, dando condições de identificação dessas pessoas em qualquer atendimento nas diversas áreas.
O Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo é comemorado neste sábado (2).
Em caso de dúvida, acesse o manual com orientações sobre o cadastro na Central de Segurança.
Documento é gratuito e pode ser solicitado pela internet, conforme a Sejuf — Foto: Sejuf
Depois, siga o passo a passo:
O documento poderá ser emitido pelo cidadão ou pelo responsável.
Após análise e aprovação do cadastro, o usuário receberá mensagem por e-mail ou SMS para imprimir a Carteira do Autista
As informações coletadas serão empregadas na criação de um banco de dados que servirá para aprimorar os serviços já oferecidos.
Os Transtornos do Espectro Autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta, segundo os especialistas.
Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros cinco anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Conforme os especialistas, o nível intelectual varia muito de um caso para outro – de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo da vida.
Esforço da camuflagem social feita por autistas está relacionado a maiores índices de depressão, ansiedade e exaustão — Foto: Getty Images via BBC
As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores.
Essas medidas voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em três grupos:
O autismo é um transtorno crônico, mas que conta com tratamento que deve ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicado por equipe multidisciplinar.
Conforme os especialistas, o tratamento envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores.
É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual à outra.