MENU

Pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná, utilizam melhoramento genético para auxiliar produtores de flores a aumentar a diversidade das plantas.
Com as pesquisas, é possível desenvolver cores e pétalas diferentes, que chamam a atenção de compradores.
“O cliente cada vez mais se tornou um colecionador. Está sempre em busca de cores diferentes, e isso só é possível com o melhoramento genético. Quando o produtor tem um plantel imenso de cores, consegue fazer cruzamentos e melhorar a planta”, afirmou Rita Takemura, produtora de flores.
Além das cores e pétalas, a parceria entre pesquisadores e produtores resulta também na criação de plantas mais duráveis, com formatos diferentes e com mais flores.
Rosa do Deserto — Foto: RPC/Reprodução
Na propriedade da família Takemura, a Rosa do Deserto é o carro chefe da produção, feita com mais de 40 estufas.
A planta é originária da África e se desenvolve em locais com poucas semanas de frio. O preço varia de R$ 3, por uma muda, a R$ 150, para as rosas maiores.
A cor original da pétala é rosa, mas, por meio de pesquisas, já foi possível ter outras diversidades, como amarelo suave e vermelho intenso com preto.
Produção de Rosa do Deserto — Foto: RPC/Reprodução
As pesquisas já completaram 10 anos. Talita Rosa, que faz mestrado na UEL, está concluindo um estudo que pretende diminuir o tempo para o desenvolvimento de novas variedades.
O mesmo estudo quer ainda criar plantas menores, que podem ser cultivadas, por exemplo, em apartamento.
“Em larga escala e escala nacional, a gente prevê cerca de 12 meses para essa planta estar no mercado. A gente tem quase três anos de pesquisa para ter esse resultado final”, explicou.
As pesquisas buscam, também, reduzir os custos de produção para que mais pequenos produtores possam entrar no ramo.
A Rosa do Deserto é uma planta de fácil cultivo, de acordo com o professor do Departamento de Agronomia da UEL, Ricardo Faria.
Segundo ele, o ideal é manter a planta com substrato drenado para evitar que acumule água.
“Ela tem que pegar 4 ou 5 horas de sol, em clima quente. Tendo sol, colocar adubação uma vez por mês. Adubo solúvel em água e não irrigando demais”, orientou o professor.
Como é uma planta de clima quente, é normal que perca as flores no inverno, segundo o especialista.