
MENU

Ronaldo está preso desde o dia 1º de maio, quando atirou ao menos 17 vezes dentro do estabelecimento, no bairro Cristo Rei. O fotógrafo Andre Muniz Fritoli, de 32 anos, foi morto e outras quatro pessoas ficaram feridas.
Além do inquérito concluído pela Polícia Civil, no âmbito criminal, a Polícia Federal informou que abriu um processo disciplinar pela corporação para apurar o fato.
A defesa do policial federal informou que o indiciamento “é um entendimento da autoridade policial e o primeiro passo do processo criminal” e disse que solicitou diligências, além da reprodução simulada dos fatos, que “vai esclarecer pontos sobre o trágico fato que pode alterar o relatório final do inquérito policial”.
Na conclusão do inquérito, o delegado Wallace de Oliveira Brito, do 6º Distrito Policial da capital, informou que ouviu quase 20 pessoas, entre testemunhas e funcionários do posto que estavam no local quando o crime aconteceu.
Também foram ouvidas pela polícia pessoas ligadas ao policial federal que, segundo o delegado, informaram que o agente federal apresentava características de agressividade e explosão.
Ainda conforme o delegado, a investigação apontou que o policial já havia utilizado arma da corporação para ameaçar pessoas em outras situações anteriores e também já havia se envolvido em discussões.
Os advogados do fotógrafo que morreu após ser baleado pelo policial informaram que o inquérito policial “contém todas as provas de materialidade e de autoria – que é confessada pelo indiciado – e traz um importante material que demonstra que a conduta do policial federal é cruel e injustificada, tendo vitimado inúmeras pessoas”.
A família de André Muniz Fritoli, conforme a defesa, “aguarda o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público para que, com o devido processo, haja punição a altura e se alcance justiça”.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento dos disparos na loja de conveniência do posto. Os tiros foram por volta de 23h45. O posto de gasolina onde tudo aconteceu fica na Rua Sete de Setembro.
Os vídeos mostram o interior da loja de conveniências e logo no início é possível ver clientes se jogando no chão e correndo para fora.
Na sequência, o policial aparece efetuando diversos disparos. Pelas imagens, é possível ver que os tiros foram à queima roupa. Ele segue em direção à saída da loja, e aparece disparando contra clientes do lado de fora.
Imagens mostram tiroteio em posto de gasolina em Curitiba
Um outro vídeo mostra o início de uma discussão envolvendo o suspeito e outras pessoas no local. Nas imagens, ele e um outro homem aparecem trocando tapas (veja mais abaixo).
Os segundos seguintes do vídeo registram o início dos disparos pelo policial.
A Polícia Federal afirmou que desde que tomou conhecimento do episódio, acompanha e colabora com as investigações.
“A Polícia Federal lamenta profundamente os acontecimentos e expressa solidariedade neste momento de luto e dor das vítimas, familiares e amigos, ressaltando que tais condutas não refletem a formação, princípios e valores éticos da Instituição”, disse em nota.
Vídeo mostra discussão antes de tiroteio em posto de gasolina em Curitiba