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Na sessão ordinária desta segunda-feira (10), a Câmara Municipal de Três Barras do Paraná reprovou o Projeto de Lei 05/2025, que propunha a proibição do uso de fogos de artifício com efeito sonoro. O projeto, de autoria do vereador Paraguai (PRD-PR), tinha como principal objetivo proteger pessoas autistas, idosos acamados e animais do impacto negativo dos ruídos provocados por esses artefatos.
A proposta foi rejeitada por cinco vereadores: Tati Zancheta, Bia de Paula, Fernando Manica, Rafael Azevedo e Ronaldo Mariano. A vereadora Tati Zancheta argumentou que o projeto era vago e não especificava quem seria o responsável pela fiscalização. No entanto, o Artigo 5º do projeto determinava que a fiscalização seria realizada pelo departamento competente da prefeitura.
O vereador Rafael Azevedo sugeriu que o projeto fosse analisado pela ACETB (Associação Comercial e Empresarial de Três Barras) e discutido com representantes religiosos antes de ser votado. Os demais vereadores contrários à proposta não se manifestaram sobre seus votos.
Por outro lado, votaram a favor do projeto o autor, vereador Paraguai, acompanhado pelos vereadores Andreia Pereira e Kadão. O presidente da Câmara, Nego Motta, não votou, pois sua participação só ocorre em caso de empate.
A reprovação do projeto gerou grande repercussão nas redes sociais, onde muitos cidadãos demonstraram sua indignação. A Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Três Barras do Paraná (APAATB) publicou uma nota de repúdio criticando a decisão dos vereadores contrários ao projeto.
Na nota, a associação ressaltou que a explosão de fogos não representa festa para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), idosos e animais, mas sim sofrimento e dor. O texto também enfatizou que os fogos de artifício causam crises em autistas, pânico em idosos e podem levar à fuga e ferimentos de animais assustados pelo barulho.
A câmara municipal de Três Barras do Paraná tem um histórico de aprovação de projetos de grande impacto para a população, como a desapropriação de terrenos, a construção de creches e a pavimentação de ruas. No entanto, recentes votações, como o aumento dos salários de comissionados e a rejeição do PL 05/2025, têm gerado desconforto e revolta entre os moradores.
A discussão sobre a proibição dos fogos de artifício com estampido continua mobilizando a opinião pública, levantando questionamentos sobre a necessidade de conciliar tradições culturais com o bem-estar da população.
Fonte: Redação Rota do Sol /TB Mídia