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O Paraná é o quarto produtor nacional de figo, mas contribui com apenas cinco por cento do volume de produção, segundo dados do Deral. A maioria do figo produzido no estado é de pomares de pequenas propriedades.
“O processo na cultura do figo no Brasil está mais ligado à agricultura familiar mesmo, tendo em vista as exigências da cultura – podas de inverno e de verão, cuidados sanitários e manejo do solo – para que tenham um produto de alta qualidade”, analisa o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná, Paulo Andrade.
A fruta deve ser colhida com muito cuidado, por ser considerada delicada. No auge da safra, a coleta exige o uso de luvas e de uma proteção para os braços para evitar irritação ou queimaduras provocadas pelas folhas e pelo látex que escorre quando o figo é retirado.
O figo é considerado uma fruta delicada. — Foto: Luciano Lima/TG
Na pequena propriedade da família Boszcz, na zona rural do Município de Contenda, o figo é produzido de maneira orgânica e depois é transformado em conservas, doces e geleias.
Na propriedade, a produção média anual pode chegar a seiscentos quilos de figo. A fruta que sai do pomar vai direto para a cozinha, onde são transformados. Luci Boszcz, produtora rural, explica que a geleia é feita a partir de uma receita de família.
“É a receita da minha avó. Eu pego um quilo, mais ou menos, de figos maduros, lavo, daí vai para o liquidificador com água. Depois de bater vai para a panela. Coloco para ferver com o açúcar junto. Aí eu vou cozinhando até ele chegar ao ponto da geleia”, detalha.
A geleia é feita em panelões que comportam mais ou menos 90 quilos de figo. Além de ser utilizada para os doces, quando tem bastante colheita, a fruta é congelada para ser aproveitada em outro momento.
Figo — Foto: Amber Engle/Unsplash