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Prudentópolis oferece refúgio para ucranianos: 'Portas e coração aberto', diz nota da prefeitura


A Prefeitura de Prudentópolis, na região central do Paraná, encaminhou ofício, nesta quinta-feira (24), para Ternópil, cidade da Ucrânia, oferecendo refúgio para moradores do país frente ao ataque da Rússia. Leia na íntegra abaixo.

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Prudentópolis, maior comunidade ucraniana do Brasil, é considerada cidade irmã de Ternópil, segundo a prefeitura. A distância entre Ternópil e Kiev, capital do país e um dos alvos da Rússia, é de 461 quilômetros. Não há informações sobre conflitos em Ternópil.

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“Prudentópolis segue com as portas e com o coração aberto ao povo ucraniano como o fez há mais de cem anos, quando recebeu os primeiros imigrantes que aqui construíram sua história e influenciaram diretamente no modo de vida de nossa terra”, diz trecho da nota, referenciando a data de chegada dos primeiros imigrantes ucranianos à Prudentópolis, em 1896.
Matriz São Josafat é uma das 50 igrejas do ucranianas do município — Foto: Divulgação/Paróquia São Josafat

Matriz São Josafat é uma das 50 igrejas do ucranianas do município — Foto: Divulgação/Paróquia São Josafat

Dados da prefeitura indicam que entre os 52.776 moradores de Prudentópolis, cerca de 75% tem descendência ucraniana.

O documento, assinado pelo prefeito de Prudentópolis Osnei Stadler (DEM), foi endereçado ao prefeito Serhij Nadal. O ofício, traduzido por membros da comunidade ucraniana do município paranaense, diz que a cidade está pronta para “prestar ajuda no que for preciso”.

Prudentópolis oferece refúgio para ucranianos — Foto: Prefeitura de Prudentópolis

Prudentópolis oferece refúgio para ucranianos — Foto: Prefeitura de Prudentópolis

Atualmente, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 500 mil ucranianos e descendentes vivem em terras brasileiras, o que representa a quarta maior comunidade do mundo.

Prefeitura de Prudentópolis oferece refúgio a ucranianos

Prefeitura de Prudentópolis oferece refúgio a ucranianos

Ucraniana que morou no Brasil relata tensão no país

Ucraniana que morou no Brasil relata situação em Kiev

Ucraniana que morou no Brasil relata situação em Kiev

A ex-consulesa ucraniana no Paraná Larysa Myronenko, que viveu no Brasil há cerca de 10 anos e atualmente mora em Kiev, capital da Ucrânia, relatou a situação na cidade nesta quinta-feira (24), após a invasão da Rússia ao país.

Em entrevista à RPC, ela afirmou ter ouvido os bombardeios e destacou que os ucranianos estão mobilizados. Ouça acima.

“Hoje é uma grande tristeza, uma grande decepção de tudo o que aconteceu com a Ucrânia e dizendo mais globalmente, na Europa. Às 5h a Rússia atacou a Ucrânia e fomos testemunhas de bombardeios. Infelizmente, isso é trágico, e há mortos da população civil e feridos. Gostaria de dizer que estamos todos sem panico, estamos mobilizados”, disse.

Larysa reforçou ainda que a população ucraniana tem “grande fé nas forças armadas que agora lutam para a Ucrânia”.

Em um vídeo gravado nesta quinta-feira, Larysa comentou que está acompanhando as atualizações sobre a situação da cidade e que os moradores devem passar um tempo abrigados nos prédios.

“Geralmente, a situação ainda está normal, a vida continua, mas nós temos que descer agora nos abrigos. Os prédios da cidade têm abrigos e nós temos que descer para passar alguns minutos ou talvez horas lá nos abrigos. É a guerra. Mas os ucranianos são fortes, mobilizados”, comentou.
Larysa Myronenko, ucraniana que morou no Brasil, relata situação em Kiev — Foto: Reprodução

Larysa Myronenko, ucraniana que morou no Brasil, relata situação em Kiev — Foto: Reprodução

Ucraniana que morou no Brasil relata preocupação em Kiev

Ucraniana que morou no Brasil relata preocupação em Kiev

A ligação de Prudentópolis com as raízes ucranianas ocorre desde a criação do município, segundo a prefeitura, e vem sendo cultivada com o passar dos anos.

Em 2021, após aprovação na Câmara Municipal e sanção do prefeito, a língua ucraniana foi oficializada como língua co-oficial no território de Prudentópolis.

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Na justificativa para a decisão, o texto do projeto de lei afirmava que, na cidade, “a importância da língua ucraniana é singular, posto que ainda há publicações em ucraniano, celebrações religiosas, e programação radiofônica na língua trazida pelos imigrantes”.

Larysa Myronenko é ex-consulesa ucraniana no Paraná e ouviu bombardeios em Kiev, durante invasão russa — Foto: Divulgação/Associação dos Municípios Sul Paranaense (Amsulpar)

Larysa Myronenko é ex-consulesa ucraniana no Paraná e ouviu bombardeios em Kiev, durante invasão russa — Foto: Divulgação/Associação dos Municípios Sul Paranaense (Amsulpar)

Norton Rapesta, embaixador do Brasil em Kiev, disse que os brasileiros que estão em regiões afetadas serão evacuados. Ele não deu detalhes sobre como essa evacuação será feita.

A Rússia iniciou, na madrugada desta quinta-feira (24), uma ampla operação militar para invadir a Ucrânia. Há imagens de explosões e movimentações de tanques em diferentes cidades ucranianas. Putin disse às forças ucranianas que deponham as armas e voltem para casa.

“Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”, afirmou o presidente russo, Vladimir Putin.
Trânsito congestionado na capital da Ucrânia, Kiev — Foto: Reprodução / GloboNews

Trânsito congestionado na capital da Ucrânia, Kiev — Foto: Reprodução / GloboNews

Putin atacou o leste da Ucrânia com misseis e explosões. Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que distribuiu armas aos ucranianos.

A capital, Kiev, teve congestionamentos, corrida aos mercados e estações de trem lotadas. Milhares de moradores começaram a deixar a cidade desde as primeiras horas do dia.

Fortes explosões foram ouvidas por jornalistas das agências internacionais de notícias no centro de Kiev e, também, em outras cidades ucranianas.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, acusou Putin de iniciar uma “invasão em grande escala” contra seu país. “Cidades ucranianas pacíficas estão sob ataque”, tuitou Kuleba.

Brasileiros que vivem no país tentam deixar a Ucrânia e relatam clima assustador.

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A ONU pee que Putin recue, e o presidente dos Estados Unidos, Biden, disse que a Rússia escolheu uma guerra de perdas catastróficas.

A invasão russa derrubou as bolsas internacionais nesta quinta-feira e fez o preço do petróleo passar de US$ 100 pela primeira vez desde 2014, com o barril do tipo Brent atingindo US$ 105.

Outros ativos considerados refúgios seguros, como o ouro, o dólar e o iene japonês, se valorizaram num momento de tensão elevada nos mercados.

Na metade da manhã desta quinta, a polícia da Ucrânia fez um balanço do número de ataques desde o começo do dia: foram 203. Segundo o levantamento, há combates em quase todo o território, de acordo com a polícia.

Segundo militares ucranianos, mísseis foram lançados da Belarus em território do país atacado (militares russos já haviam invadido a Ucrânia a partir da Belarus).

O vice-ministro da Defesa da Ucrânia afirmou que no leste do país há confrontos militares intensos, e que soldados russos foram feitos prisioneiros.

O Ministério de Defesa da Rússia afirmou que o país destruiu 74 instalações militares da Ucrânia nesta quinta-feira. Entre essas instalações há 11 aeródromos. As informações são da agência russa RIA.

O ministro de Defesa da Rússia, Sergey Shoigu, disse aos comandantes russos que os soldados ucranianos devem ser tratados com respeito, de acordo com a agência russa Ifax.

Mapa mostra locais da Ucrânia que foram bombardeados em ataques da Rússia — Foto: Arte g1

Mapa mostra locais da Ucrânia que foram bombardeados em ataques da Rússia — Foto: Arte g1

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Fonte: G1


24/02/2022 – Rota do Sol FM

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