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A mulher suspeita de aliciar os três brasileiros que foram presos por tráfico internacional de drogas, no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia, foi solta, no sábado (21), após pagar fiança no valor de dois salários mínimos.
A decisão, de sexta-feira (20), é da juíza Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba. Camila Raposo Broca estava presa desde 5 de maio. De acordo com o documento, não constam antecedentes criminais contra ela.
“Muito embora a quantidade de entorpecentes apreendidos seja significativa, bem como o modus operandi indicar a atuação de articulada organização criminosa, por ora, não há elementos que indiquem que a acusada ocupa posição hierárquica relevante no esquema delituoso, de modo que sua liberdade atualmente não representa perigo à ordem pública”, pontua a juíza.
Segundo a decisão, Camila deverá comparecer mensalmente à Justiça, para justificar atividades e manter o endereço atualizado.
Além disso, ela é obrigada a comparecer a todos os atos do processo e “não se ausentar do local em que constituiu sua residência por mais de oito dias sem comunicação ao Juízo, sob pena de revogação automática do beneficio ora concedido, com consequente e imediata expedição de mandado de prisão”.
Camila também fica proibida de frequentar aeroportos ou similares, para evitar o risco de novas infrações, conforme o documento.
O g1 tenta contato com o advogado Vinícius Monteiro Schenfeld França, que a defende.
Agentes da PF prenderam mulher suspeita de aliciar brasileiros presos na Tailândia — Foto: Divulgação/Polícia Federal
Câmeras do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, registraram dois dos três brasileiros presos suspeitos por tráfico internacional de drogas na Tailândia, antes de embarcarem com destino ao exterior.
As imagens, divulgadas pela Polícia Federal (PF), mostram uma jovem e um dos dois homens presos caminhando pela área externa e pelo saguão do aeroporto, acompanhados de Camila Raposo Broca.
O vídeo foi gravado, segundo a polícia, em 12 de fevereiro deste ano, véspera da prisão dos brasileiros no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok. Assista ao vídeo.
Vídeo mostra brasileiros suspeitos de tráfico na Tailândia com aliciadora antes de embarqu
Os brasileiros foram presos após serem flagrados com 15,5 quilos de cocaína, segundo autoridades do país. Os suspeitos são:
A Polícia Federal informou que pretende pedir a extradição dos três brasileiros que estão detidos na Tailândia, para que eles possam responder pelos crimes no Brasil.
Ainda conforme a PF, a investigação apontou que os dois homens que estão entre os presos brasileiros, já haviam feito viagens internacionais anteriormente, com indícios de que também transportavam drogas.
Os investigados, de acordo com a polícia, devem responder por tráfico internacional de drogas e associação criminosa para o tráfico. As penas somadas podem chegar a 25 anos de prisão.
A defesa de Jordi informou que o jovem conseguiu falar com a mãe pela primeira vez após a prisão. Jordi relatou, segundo a defesa, que está sendo bem tratado e que há possibilidade de ser ouvido por um juiz tailandês na próxima semana.
O advogado de Mary Hellen Coelho Silva, Telêmaco Marrace, afirmou que a prisão da suspeita de aliciar os brasileiros “abre caminho para extradição”. Leia mais sobre o que disse a defesa.
Até a publicação desta reportagem, o g1 e a RPC tentavam localizar a defesa de Ricardo Rosa.
Três brasileiros foram presos após serem flagrados com 15,5 quilos de cocaína nas bagagens, ao desembarcarem no aeroporto de Bangkok.
Desde o início do caso, a família do paranaense se mostrou preocupada e alegou que sequer sabia a respeito da viagem internacional. Os pais dele descobriram a prisão por mensagens que Beffa trocou com amigos.
A família do paranaense informou que ele saiu de casa com somente uma mala e que esta mala citada não aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades tailandesas, mas somente outra mala, que eles desconhecem a origem.
O advogado não soube dizer se ele deixou a bagagem em algum local ou se as autoridades não fotografaram a mala vista pela família.
Cocaína estava escondida em compartimento oculto da bagagem dos brasileiros, segundo as autoridades tailandesas — Foto: RPC/Reprodução
Primeiramente, foram presos o homem, de 26 anos, e a jovem. Eles saíram de Curitiba e, após escalas, chegaram ao país.
A droga foi encontrada com o homem e a jovem após a equipe do aeroporto desconfiar de itens mostrados no raio X.
Os funcionários da alfândega revistaram as três malas dos passageiros e encontraram 9 quilos de cocaína. A droga estava escondida em um compartimento oculto.
Horas depois, as autoridades prenderam o jovem de Apucarana. Ele chegou ao aeroporto em outro voo. Jordi Vilsinski Beffa foi preso após os agentes encontraram
O Itamaraty informou que acompanha a situação e que presta assistência aos brasileiros, mas não detalhou o que está sendo feito em relação ao caso. O órgão disse ainda que “em observância ao direito à privacidade”, não pode fornecer dados específicos sobre “casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.
A Tailândia foi, por um tempo, um dos países onde o tráfico de drogas podia ser punido com pena de morte. O mesmo ocorre em outros países do Sudeste Asiático.
O Itamaraty destacou que foi promulgada, em dezembro de 2021, uma nova lei de entorpecentes na Tailândia, que não inclui a pena de morte entre as possíveis punições para casos de condenações relacionadas ao uso, consumo, produção e tráfico de drogas.