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Uma ucraniana refugiada da guerra na Ucrânia que está vivendo em Guarapuava, na região central do estado, se emocionou nesta quinta-feira (12) durante a visita de embaixadores de diversos países ao município.
Ao ser questionada pelo embaixador dos Estados Unidos, Doug Koneff, Vitória Antonenko chorou ao falar sobre como os moradores da cidade recepcionaram ela e a filha dela.
Vitória foi uma das ucranianas a receber visitas dos embaixadores — Foto: RPC
“Depois de tudo as pessoas sorriem pra você, te dão um lar, alimento, comida, e cuidam da gente. Como é Guarapuava? É boa, muito boa!”.
Além do embaixador dos EUA, visitaram o município os embaixadores do Canadá, Ucrânia, Reino Unido e União Europeia. A comitiva desembargou na tarde desta quinta e foi direto aos apartamentos onde estão vivendo as famílias refugiadas.
Primeiro compromisso da comitiva foi visitar apartamentos dos refugiados — Foto: RPC
Lá, eles fizeram perguntas sobre como foi o acolhimento e, também, sobre como as famílias estão se sentindo no município.
Depois de passarem pelos apartamentos, a comitiva foi para a sede da igreja que está responsável pelo acolhimento dos ucranianos em Guarapuava e Prudentópolis, também na região central. Embaixadores fizeram uso da palavra no local, assim como ucranianos.
Última agenda dos embaixadores foi em igreja da cidade, que presta serviços voluntários aos refugiados — Foto: RPC
Até esta quinta, 68 ucranianos estão vivendo em Guarapuava e Prudentópolis.
Apenas para a região sul e sudeste, o Governo Federal emitiu 193 vistos humanitários para refugiados da guerra. Existe a expectativa, também, que outros 103 refugiados da guerra cheguem, até o final de maio, em Maringá e Londrina, norte do estado.
A comitiva de embaixadores retorna para Brasília na noite desta quinta (12).
As primeiras famílias chegaram ao estado em 20 de março, com visto humanitário. Desde então recebem apoio, principalmente, de voluntários de uma rede mundial de igrejas, que fornecem moradia, roupas, alimentos e renda.
A organização informou que pretende garantir o apoio às famílias por pelo menos 12 meses.
Apenas em Guarapuava, são 22 crianças e adolescentes, além de 14 adultos que deixaram a Ucrânia em busca da sobrevivência.
Inicialmente, segundo explicam os voluntários, eles ficaram alojados por mais de 10 dias em uma chácara. Em 22 de abril se mudaram para 11 apartamentos, no Centro de Guarapuava.
O visto humanitário que as famílias receberam, concedido pelo Governo Federal, permite que os ucranianos morem, estudem e trabalho no Brasil inicialmente até setembro, mas a validade do documento pode ser prorrogada. Os adultos fizeram o Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identificação nacional, e aguardam pela liberação, também, de carteiras do trabalho.